"Pega-se em metade do oceano e juntam-se-lhe terras desconhecidas;
Deixa-se marinar alguns anos e tapa-se com um manto de neblina;
Lavam-se as saudades em lágrimas e põe-se a glória em banho-maria para voltar a usar um dia;
À parte coloca-se o Fado bom apurado; o futebol bem jogado e um ou outro pregão das entranhas gritado;
Desfaz-se a língua em poemas, odes e cantigas; ou então canta-se à desgarrada, rima improvisada.
Numa grande forma de barro escalda-se o Algarve e o Alentejo; salgam-se as Beiras e desfaz-se em água o Douro e o Ribatejo.
Para terminar, abanam-se as oliveiras com sabedoria ancestral.
Rega-se tudo com um fio dourado...e serve-se assim Portugal como prato principal."
1 comentário:
Parabéns pelo post, lindo!!
De quem é o poema que se ouve, sabe?
Mariana
Enviar um comentário